Favelado também ama
Augusta Schimidt

Faz-se o dia no submundo
Onde o sol brilha e a brisa abraça
Como só abraçam os braços do amor
Favelado também ama, sim senhor...

Da incerteza e da pobreza da alma
Da inocência do molambo perdido no mundo
Desnudam-se corpos a roçar pele com pele
Sem rumo e vivendo as margens da própria vida
Com um único direito de sonhar
O favelado ama,
Mas com o dever de nunca esperar